domingo, 31 de outubro de 2010

Bromidrose ou osmidrose - o nome médico para o mau cheiro nas axilas


Bromidrose é um problema que afeta bastante a vida social e profissional. Muitos perguntam o motivo do mau cheiro.

A principal causa do mau odor é o aumento na produção de suor pelas glândulas sudoríparas e a decomposição de substâncias presentes no suor por bactérias que residem na pele, com a formação de um produto que tem odor desagradável (o ácido 3 metil 2 hexenóico).

O tipo de flora bacteriana na axila, a quantidade e o tamanho das glândulas de suor e talvez a herança genética fazem a diferença entre pessoas que tem bromidrose das que estão livres disso. A fase da vida também, pois na adolescência, por influência hormonal, o odor fica mais marcado.

A ingesta de alguns alimentos, como cebola, alho, curry e de álcool e o uso de alguns medicamentos (ex.: penicilinas) podem interferir no odor. Problemas endócrinos também.

Os tratamentos disponíveis podem ser não invasivos, como o uso de desodorantes, antitranspirantes, antibióticos tópicos, aplicação de toxina botulínica, iontoforese, laser Q-Swicthed Nd:YAG, com alívio temporário.

Há tratamentos invasivos - cirúrgicos - em que as glândulas sudoríparas são removidas. Esses tratamentos são mais eficazes, mas podem ter complicações como manchas roxas, infecção e cicatrização ruim.

Fontes:
Etiology and management of axillary bromidrosis: a brief review. Mao GY, Yang SL, Zheng JH. Int J Dermatol. 2008 Oct;47(10):1063-8.

Noninvasive treatment of bromidrosis by frequency-doubled Q-switched Nd:YAG laser. Kunachak S, Wongwaisayawan S, Leelaudomlipi P. Aesthetic Plast Surg. 2000 May-Jun;24(3):198-201.

http://emedicine.medscape.com/article/1072342-overview

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O ABCD do melanoma


O melanoma é o câncer de pele mais temido por ser o mais grave, pois dá metástases precocemente. Em geral, é uma lesão enegrecida na pele, que pode ter surgido ou não a partir de uma "pinta". O auto-exame periódico das "pintas" é fundamental. Existe uma regra que todos os que tem "pintas" devem seguir, chamada de o "ABCD do melanoma". Observe a Assimetria da "pinta", se ela tem uma metade diferente da outra. A Borda da lesão, se tem o contorno irregular. Examine a Cor, se tem cores diferentes na mesma lesão. E o Diâmetro da lesão, se é maior do que 6 milímetros. Essas alterações, quando presentes precisam ser avaliadas pelo dermatologista, que tomará a conduta mais adequada para o caso. Se você quer saber um pouco mais sobre o melanoma, vale a pena visitar o site do Grupo Brasileiro de Melanoma - www.gbm.org.br.

Você já fez o "check-up" da sua pele?


Todo ano vem a lembrança do "check-up". Queremos saber se há alguma alteração nos exames de rotina, se o colesterol está bom, se o "açúcar" está dentro da normalidade, enfim. De fato esses cuidados são importantes, especialmente quando se tem história familiar de diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia ou câncer. Agora venho lembrá-los do "check-up" da pele. É importante uma visita periódica ao dermatologista, especialmente para acompanhar as famosas "pintas". Essas lesões são chamadas na linguagem médica de "nevos melanocíticos". São lesões cutâneas escurecidas que merecem cuidados, especialmente naqueles pacientes que tem muitas "pintas". Isso porque existe um risco de algumas pintas se transformarem em um câncer de pele chamado melanoma. O melanoma é o câncer de pele que mais preocupa, devido a sua capacidade de desenvolver metástases e de ter tratamento difícil quando diagnosticado tardiamente. Na maior parte dos casos o melanoma surge como uma "pinta" nova, com características diferentes das demais. Em alguns casos, surge de uma "pinta" antiga que mudou a aparência. Pacientes com pele clara, exposição solar, múltiplas "pintas" e história familiar de melanoma precisam passar pelo "check-up" da pele periodicamente.