quarta-feira, 30 de março de 2011

Câncer de pele - como identificar e prevenir

Cada vez mais se está diagnosticando precocemente os vários tipos de câncer, por conta do maior acesso das pessoas às informações de prevenção, consulta médica de rotina e exames periódicos.

Recentemente, participei de uma campanha para diagnóstico precoce e orientações de prevenção do câncer de pele para funcionários de uma grande empresa na Av Paulista, em São Paulo. Percebi que muitas pessoas não sabem identificar uma lesão suspeita de câncer de pele.

O câncer de pele é o câncer mais comum no Brasil. A vantagem dele frente aos outros é a facilidade de diagnóstico, já que está exposto na pele, visível a olhos bem treinados, a confirmação por um método simples, que é a biópsia da pele, e a cura na grande maioria dos casos.
Os cânceres de pele não-melanoma (carcinoma basocelular - cbc e carcinoma espinocelular - cec) são os mais frequentes. O basocelular não dá mestástases, enquanto o espinocelular pode dar metástases nas formas mais agressivas. Acometem nariz, orelhas, couro cabeludo, lábios, mãos e outras áreas expostas ao sol.






O melanoma tem frequência menor, mas é o que mais preocupa, devido à dificuldade de tratamento e à elevada mortalidade se descoberto em fase avançada. Pode estar presente em áreas expostas ou não ao sol, principalmente no tronco no homem e nas pernas nas mulheres.

Vamos dar algumas dicas de quando suspeitar e procurar o dermatologista para avaliação:

- Feridas no corpo que sangram facilmente, que não cicatrizam.
- Lesões de pele firmes, com escamas ou crostas.
- Pessoas com exposição solar sem proteção ao longo da vida, com manchas e lesões ásperas nas áreas expostas ao sol.
- História familiar de câncer de pele.
- Pessoas com muitas "pintas" (nevos melanocíticos), ou com "pintas" que estão se modificando ou que apareceram após os 25-30 anos de idade.
- Pessoas com pele muita clara, loiras ou ruivas, com olhos claros.
- História de queimadura solar na infância.

A principal forma de prevenção é a fotoproteção (leia a postagem sobre esse tema nesse blog).

Diagnosticar cedo, faz muita diferença. Por isso, fiquem atentos!

quarta-feira, 16 de março de 2011

O limão pode manchar a pele?


Sim, pode.

Mas muitas pessoas só descobrem que o limão pode manchar a pele quando passam pela situação.

Nos últimos dias, em pleno verão e após o carnaval, foi comum ver crianças e adultos no consultório com manchas acastanhadas, avermelhadas e alguns com bolhas na pele de início "espontâneo", sem se imaginar a causa.

Após a investigação, lembrou-se de que houve contato com o limão no preparo de uma batida, ao temperar a carne para o churrasco, ou na brincadeira com a fruta após colhê-la do pé.

O limão contém substâncias chamadas furocumarinas (psoralenos), que após a exposição solar causam reação inflamatória na pele. Após cerca de 24 horas surge a vermelhidão e pode-se formar bolha. Às vezes, a fase avermelhada é imperceptível, notando-se apenas a mancha castanha.


As plantas que mais comumente dão essa reação, chamada de fotodermatite (foto = luz; dermatite = inflamação da pele), são o limão, o figo, o nabo, o aipo, a cenoura, a tangerina, entre outras.

A prevenção é evitar o contato da planta na pele ou de seu suco. Se houver, lavar bem o local com água e sabonete. Se for se expor ao sol, passar protetor solar com proteção para UVB e UVA (esta última é o espectro de radiação que ativa as furocumarinas).